Metal Underground

Incluindo 3 dias de actuações, o Bracara Extreme Fest vai cimentando a passos largos uma posição no roteiro nacional de festivais dedicados ao sons mais pesados. Desta feita no complexo pertencente ao Parque de Exposições de Braga e dividido em 2 palcos, este evento com chancela SWR teve, conforme pude constactar, um dia decisivo de altissímo nível.

Os brasileiros Uzômi e os Grog foram bandas que vi de relance, enquanto me ia ambientando ao espaço mas foi com os australianos Heirs que as sensações experimentais mais se fizeram sentir. Muito feedback e descargas ambientais, num misto industrial e experimental que muito me agradou ver ao vivo...
Os Rotten Sound repetiram as emoções que já trazia de outros espaços mas seriam obviamente os Primordial a concentrar todas as atenções. Em pouco mais de 1 hora de emoções, teatralidade, muita qualidade e grandes épicos, está encontrado o melhor concerto a que assisti este ano.

Fora o frio, mais um grande ambiente.

(+) Heirs
(+) Primordial


(-) Pouca gente
(-) Esoteric

Considero que esta edição do Bracara Extreme Fest foi um "pau de dois bicos" (salvo seja...)
Se, por um lado, as bandas/concertos foram de facto muito boas/bons, por outro, o espaço/condições são detestáveis. (pelo menos, eu acho.)

Nunca fui ao espaço antigo, mas fiquei algo "chocada" quando cheguei ao "recinto". Não que este pormenor faça com que os concertos sejam, automaticamente, maus - volto a frisar - mas.... o aspecto também conta, e as condições também, ainda para mais quando se paga aos 30 e 40 euros para apoiar o festival em questão.

Faz-me impressão como é que se consegue ter o péssimo gosto em colocar urinóis de plástico em frente às bancas de merch - com tanto espaço que havia por ali.... porque raios foram colocar aquilo mesmo à frente da vista/narizes de toda a gente?!
E acima de tudo, sendo eu, e muitas mais pessoas, de outro ponto do país, que andamos a juntar trocos para conseguir marcar presença.... porque não ter - pelo menos - uma banca a vender pães com chouriço?? Tipo, algo para comer, só naquela, de não obrigar um gajo a andar perdido no meio de Braga - a um DOMINGO - à procura de uma coisita qualquer para jantar.

Resumindo, e reforçando a ideia; nunca tinha ido a este festival, e não sei até que ponto o espaço anterior era melhor ou pior... Mas bolas, acho que poderiam ter feito muito mais!


Relativamente às bandas, só fui ao 2º dia. Gostei imenso dos The Night Terrors. Achei muito interessante, diferente, e até hipnótico.
Quanto aos Heirs... bom... não me quero pronunciar muito, pois não foi do meu agrado. Ainda para mais quando estava ansiosa por ver Rotted Sound, e havendo alguns atrasos... estava sinceramente farta de os ouvir. Talvez se estivesse noutro estado de espírito, tivesse apreciado mais.

Os Rotted Sound foram os reis do "bailarico". Muita chapadaria, muito head banging... O normal desta banda, que acaba por nunca desiludir.

Primordial foram a banda do Dia. Não digo do Festival, pois não estive presente no dia anterior, mas... arrasaram. O Alan é sem dúvida um animal de palco, e o setlist foi muito bem escolhido. Passando por temas mais antigos como «The Burning Season» e «Gods for the Godless», e um desempenho mágico na perfeita «Coffin Ships», esta banda irlandesa fez com que o público se rendesse à música, saciando os mais exigentes.

O que veio a seguir, Sektor304, não faz parte do meu leque de gostos, por isso abandonei o local.

Desejo, assim, que o Bracara Extreme Fest continue, cresça, evolua... e que lime algumas arestas, pois deixou muito a desejar a nível de condições e espaço.

Até breve!

E não foste no sábado, devia ter para aí 70 pessoas e estava um ambiente completamente desolador. Na minha opinião o melhor foi mesmo o cuidado que a organização teve com o som dos dois palcos, foi porreiro ver a cara de satisfação das bandas assim que começavam a tocar.
Aqui fica uma amostra do concerto de Primordial com direito a stage diving.
http://www.youtube.com/watch?v=xvngOexFY4o

Perfeitamente escusado terem mudado de Panóias. Quer dizer, não sei se houveram motivos de força maior, mas se foi apenas uma opção logística mudaram para pior. Um briol dentro e fora do recinto injustificado, nenhuma das salas é muito maior que Panóias e sem dúvida a nível de apoio ao público é muito pior. Nem uns snacks nem nada havia. Grande falha na comida.

De resto não tenho nada a apontar. Bom ambiente, bons concertos e tudo com o selo de qualidade da SWR!

Atentamente só vi parte de Grog, que continuam com uma descarga de Death/Grind do melhor que se faz em Portugal.

Heirs, sinceramente, fucking boring. Não fosse o teremim tinha aguentado menos. Talvez noutra altura...

Rotten Sound, em Barroselas estav num estado demasiado alcoólico para apreciar o gig. Neste já deu para realmente conferir a descarga que estes gajos são!

Primordial, mas que grande concerto. Uma set boa, com alguma incidência no último álbum que é excelente. O Alan é um frontman incrível, e acho que não deixou ninguém indiferente! Um dos melhores concertos do ano, sem dúvida!

+
Primordial
The Night Terrors
Mael Mordha
Swallow the Sun
Luz/Som

-
Não havia nada para comer
Poucas pessoas no primeiro dia

Acho que o Bracara neste local tem tudo para crescer, bons acessos, lugares para estacionar, e dois palcos. Claro que também faltou aqui alguma coisa, como uns snackzitos/comida.
Em relação às bandas que vi:

Mael Mórdha - Gostei destes guerreiros irlandeses. Folk Metal com uns laivos Doom, bem interessante. Já os conhecia de albúns, e ao vivo revelaram coesão.
Heirs - Atmosfera diferente, ritmos ora pausados ora rasgados, com uns toques de industrial lá pelo meio. Agradou-me.
Primordial - A razão principal para a minha visita ao Bracara. Excelente. Nemtheanga provou que é um frontman do catano, teatral e com um registo vocal sem mácula, tanto nas partes limpas como mais rasgadas. O conjunto irlandês deu um concerto fenomenal, onde "The Coffin Ships", "As Rome Burns" e "Gods To The Godless" foram os highlights da noite.

alternámos o palco (-) com o barzito cá fora a lutar contra o barril, infelizmente foi mais uma derrota e uma ressaca tão extensa como o "Unveiling".

as condições de palco eram realmente boas, a equipa que esteve ali a trabalhar com uma dedicação exemplar. muito obrigado.

esoteric: grande concerto. custa-me perceber que houvesse malta a sair durante a actuação.

moho: que baterista, mais alguém reparou nos tiques do bill ward que o man tinha? é pena a voz estar completamente fora de contexto, descaracteriza um pouco o som.

swallow the sun: é a 2da vez que os vejo ao vivo e enfim, muita parra e pouca uva. é uma banda que vive às costas da herança filandesa e nada mais. e ainda cá vão dar mais dois ou três concertos até ao fim do ano? promotores, epah vejam lá se não precisam de rever qualquer coisa na estratégia de trabalho...

hugo, acho que o basílio tá para te fazer a folha por causa da conversa icon-draconian-one second ahah

Dois pontos negativos a apontar: a falta de comida, e este sistema de 2 palcos que é mesmo chato para quem vai só para um. O tempo de espera entre uma banda e a próxima é terrivel quanto mais se aproxima o fim, e corta completamente com o feeling.
Do palco +, dia 2:
GROG, uma das melhores bandas tugas da actualidade, sempre a surpreenderem pela positiva.
ROTTEN SOUND, foi brutalissimo! Soube foi Muito a pouco... 40min de concerto...!!!

Seguindo o conceito do fest:

+ Moho / Looking For An Answer
+ Primordial
+ Rotten Sound

- O local do fest, tendo em conta as condições do tempo nesta altura do ano, não foi a escolha mais feliz
- Falta das habituais roulotes para se comer qq coisa
- Pouco pessoal

Sir Sardine Escreveu:Não fosse o teremim tinha aguentado menos.

Aquela cena era um teremim?..... pensava que o gajo estava a fazer de maestro

Primeiro dia:

- O atraso foi estratégico, aproveitar para ir jantar;

- Why Angels Fall: limitados a uma mísera meia hora e a um espaço tão "grande" e pouco intimista, mostraram mais uma vez que esse grande monumento que é o Unveiling funciona muito bem ao vivo. Cheers, Nero! Na próxima ajudo-te na batalha contra o barril aha;

- Esoteric - oh oh, muralha da china de som! curti imenso a dancinha slow do vocalista e só descurti não terem tocado a Circle, mas paciência.

- Looking for an answer agradaram-me bastante e fiquei com vontade de ir ouvir mais.

- Finalmente Moho ao vivo, mas tiveram bastante azar com o amp a ir ao ar, O grande bode saiu satisfeito, de qualquer forma (e esqueci-me de perguntar ao Iñaki se tinha o Vintage Addiction à venda - fail).

- Cripple bastards não é nada a minha onda, mas foi um concerto bem divertido.

- Swallow the Sun: faço minhas as palavras do pelicano. Boring as fucking hell. E a essa hora já estava a morrer de fome.

- Zé das Bifanas, na rotunda das piscinas.


Segundo dia:

- The night terrors: O theremin era mesmo catita e a cover da woodpecker from mars saiu um miminho (e valeu-me uma tisherte!)

- Papas de sarrabulho e vinho manhoso na "cantina" (?) em frente. Não saiu intoxicação alimentar na rifa

- Mael Mordh - Momentinho javali e cerveja da noite, mas tinham os seus momentos épico-fixes.

- Heirs: Concerto a pender entre o boring e o nice. Talvez com uns porros em cima a estória teria sido outra;

- Rotten Sound: também fora da minha onda, mas deu para aquecer para

- PRIMORDIAL: Foda-se, lindo x 10^14353545665

Rizens_Frozens Escreveu:Ainda para mais quando estava ansiosa por ver Rotted Sound, e havendo alguns atrasos... estava sinceramente farta de os ouvir. Talvez se estivesse noutro estado de espírito, tivesse apreciado mais.

Os Rotted Sound foram os reis do "bailarico". Muita chapadaria, muito head banging... O normal desta banda, que acaba por nunca desiludir.

ahahahaha Rotten Sound! ahahah escrevi Rotted não sei porquê. Acho que estava a pensar nos The Rotted.