2010.07.23-25 - Milhões de Festa, Barcelos
Enviado: sábado jul 24, 2010 4:57 pm
Como só fui ao primeiro dia, aqui fica um mini-relato:
O local é bastante acessível para quem vai de comboio. Tal como foi explicado aqui, por vários users (aos quais agradeço), a estação da cidade encontra-se relativamente perto da Praia Fluvial.
Chegado ao Milhões, não fui à tão propalada Piscina, pois a hora já era de actividade no Palco Principal. Palco Principal esse que estava bem situado, numa descida, proporcionando bons ângulos para o palco, independentemente da posição onde estivéssemos. Os calhaus/bancadas de pedra que por lá se encontravam também davam jeito a quem gosta de ver concertos sentadinho, apesar de dificultarem um pouco a movimentação, principalmente quando os tóxicos no sangue já eram muitos.
O outro palco, o Palco Vice, estava colocado mais à direita, num recanto um tanto ou quanto medieval, com muralhas centenárias, o que conferia uma certa atmosfera às actuações que por lá passavam. Creio, curiosamente, que o som estava mais alto aqui do que no palco principal.
A afluência foi satisfatória, julgo. Não vou apontar uma estimativa, até porque me falte o jeito para isso, mas estava gente suficiente para um festival que começa a dar os seus primeiros passos; ainda por cima, situado fora das duas maiores cidades do país. Como tal, não houve sufocamentos, esmagamentos, bem longe disso. Estava-se bem, com bastante espaço à volta. Não percebi bem o esquema das senhas para ir buscar cerveja e outros géneros; o festival terá de melhorar nesse aspecto.
Quanto ao merch, havia bastantes camisolas do fest, algumas (3) de Electric Wizard, outras de Valient Thorr, Men Eater... Também vi por lá o Witchcult Today a ser vendido. Acabei por comprar uma camisola de Electric Wizard por 12 euros. Nada mau.
Quanto ao que realmente interessa... Os concertos:
Plus Ultra - Algumas passagens interessantes, mas na sua maioria é um projecto que não me agrada. O vocalista estava com uma borracheira de todo o tamanho, o que lixou um pouco a performance.
The Glockenwise - Problemas técnicos, um vocalista sem jeito para a stand-up comedy, um punk desinteressante e esbatido... Enfim, podem dizer que partilharam o palco com Wizard e Thorr, não é para todos.
Men Eater - Gosto bastante desta "superbanda". Nunca saio desiludido dos concertos de Men Eater. Intensidade, qualidade, um sludge thrashy de valor, do melhor que se faz por cá. Ainda por cima, desta vez tocaram a icónica "Lisboa", com a participação do André dos Linda Martini. Os Thorr também deram um salto ao palco, para abrilhantar a despedida de Men Eater, naquele que foi o primeiro grande concerto do Milhões.
Valient Thorr - Não conheço bem a banda, mas estava à espera de um rock n' roll veloz, festivo e com intensidade. Não me enganei. Têm uma excelente presença de palco, no entanto não estava com espírito para aquele tipo de som. Principalmente depois do espancamento sonoro de Black Bombaim, no secundário... Mas já lá vamos.
Electric Wizard - Fui até à frente do palco, logo que acabou Valient Thorr. Comecei a preparar o ritual, juntamente com dois amigos. Grande queimada, enquanto os Wizard já estavam no palco, a ajustar o seu equipamento. Com 15/20 minutos de atraso, lá entraram estes senhores do doom. Witchcult Today abriu a viagem, que se prolongou em ritmos lentos, pesados e duradouros, por entre sons como Drugula, Dopethrone, Return Trip, Chosen Few e Funeralopolis. Um setlist curto, já que Electric Wizard costuma tocar mais uma ou duas (que falta fez a We Hate You). No entanto, foi tão intenso, que, aquando do seu fim, ainda estava meio perdido e deslocado. Que concerto... Tenho pena que o som não tenha estado um pouco mais alto, creio que faltou potência às guitarras do Jus e da Liz.
Grande momento aquele em que o Jus fumou, em poucos segundos, um joint que alguém da plateia mandou para o palco... Good high, disse ele, o autêntico demon lung.
Em suma, valeu a viagem. A lua cheia espreitou e colocou-se atrás do palco, proporcionando imagens que dificilmente sairão da minha cabeça.
No palco secundário:
Larkin - Vi duas músicas e vim-me embora. Um post-hardcore ou whatever, bastante forçado.
Black Bombaim - Ui! Que concertão! Fez-se um autêntica festa em frente ao palco, durante os 45 minutos de um instrumental desértico, psicadélico e cósmico. Talento não lhes falta, são um dos grandes nomes recentes da cena portuguesa. Barcelos está de parabéns por ter uma banda desta calibre. Espero que continuem a distribuir sovas sonoras deste estilo, pelo país e pelo estrangeiro, se possível.
Tony From Eustachian + Captain Ahab + Sickboy + Megabass - Breakcore que ajudou a passar o resto da noite, que estava bastante fria. Um tanto ou quanto pica-miolos, mas o cérebro já não estava funcional por aí além. Grande Tony From Eustachian, a passar um remix de Napalm Death.
O local é bastante acessível para quem vai de comboio. Tal como foi explicado aqui, por vários users (aos quais agradeço), a estação da cidade encontra-se relativamente perto da Praia Fluvial.
Chegado ao Milhões, não fui à tão propalada Piscina, pois a hora já era de actividade no Palco Principal. Palco Principal esse que estava bem situado, numa descida, proporcionando bons ângulos para o palco, independentemente da posição onde estivéssemos. Os calhaus/bancadas de pedra que por lá se encontravam também davam jeito a quem gosta de ver concertos sentadinho, apesar de dificultarem um pouco a movimentação, principalmente quando os tóxicos no sangue já eram muitos.
O outro palco, o Palco Vice, estava colocado mais à direita, num recanto um tanto ou quanto medieval, com muralhas centenárias, o que conferia uma certa atmosfera às actuações que por lá passavam. Creio, curiosamente, que o som estava mais alto aqui do que no palco principal.
A afluência foi satisfatória, julgo. Não vou apontar uma estimativa, até porque me falte o jeito para isso, mas estava gente suficiente para um festival que começa a dar os seus primeiros passos; ainda por cima, situado fora das duas maiores cidades do país. Como tal, não houve sufocamentos, esmagamentos, bem longe disso. Estava-se bem, com bastante espaço à volta. Não percebi bem o esquema das senhas para ir buscar cerveja e outros géneros; o festival terá de melhorar nesse aspecto.
Quanto ao merch, havia bastantes camisolas do fest, algumas (3) de Electric Wizard, outras de Valient Thorr, Men Eater... Também vi por lá o Witchcult Today a ser vendido. Acabei por comprar uma camisola de Electric Wizard por 12 euros. Nada mau.
Quanto ao que realmente interessa... Os concertos:
Plus Ultra - Algumas passagens interessantes, mas na sua maioria é um projecto que não me agrada. O vocalista estava com uma borracheira de todo o tamanho, o que lixou um pouco a performance.
The Glockenwise - Problemas técnicos, um vocalista sem jeito para a stand-up comedy, um punk desinteressante e esbatido... Enfim, podem dizer que partilharam o palco com Wizard e Thorr, não é para todos.
Men Eater - Gosto bastante desta "superbanda". Nunca saio desiludido dos concertos de Men Eater. Intensidade, qualidade, um sludge thrashy de valor, do melhor que se faz por cá. Ainda por cima, desta vez tocaram a icónica "Lisboa", com a participação do André dos Linda Martini. Os Thorr também deram um salto ao palco, para abrilhantar a despedida de Men Eater, naquele que foi o primeiro grande concerto do Milhões.
Valient Thorr - Não conheço bem a banda, mas estava à espera de um rock n' roll veloz, festivo e com intensidade. Não me enganei. Têm uma excelente presença de palco, no entanto não estava com espírito para aquele tipo de som. Principalmente depois do espancamento sonoro de Black Bombaim, no secundário... Mas já lá vamos.
Electric Wizard - Fui até à frente do palco, logo que acabou Valient Thorr. Comecei a preparar o ritual, juntamente com dois amigos. Grande queimada, enquanto os Wizard já estavam no palco, a ajustar o seu equipamento. Com 15/20 minutos de atraso, lá entraram estes senhores do doom. Witchcult Today abriu a viagem, que se prolongou em ritmos lentos, pesados e duradouros, por entre sons como Drugula, Dopethrone, Return Trip, Chosen Few e Funeralopolis. Um setlist curto, já que Electric Wizard costuma tocar mais uma ou duas (que falta fez a We Hate You). No entanto, foi tão intenso, que, aquando do seu fim, ainda estava meio perdido e deslocado. Que concerto... Tenho pena que o som não tenha estado um pouco mais alto, creio que faltou potência às guitarras do Jus e da Liz.
Grande momento aquele em que o Jus fumou, em poucos segundos, um joint que alguém da plateia mandou para o palco... Good high, disse ele, o autêntico demon lung.
Em suma, valeu a viagem. A lua cheia espreitou e colocou-se atrás do palco, proporcionando imagens que dificilmente sairão da minha cabeça.
No palco secundário:
Larkin - Vi duas músicas e vim-me embora. Um post-hardcore ou whatever, bastante forçado.
Black Bombaim - Ui! Que concertão! Fez-se um autêntica festa em frente ao palco, durante os 45 minutos de um instrumental desértico, psicadélico e cósmico. Talento não lhes falta, são um dos grandes nomes recentes da cena portuguesa. Barcelos está de parabéns por ter uma banda desta calibre. Espero que continuem a distribuir sovas sonoras deste estilo, pelo país e pelo estrangeiro, se possível.
Tony From Eustachian + Captain Ahab + Sickboy + Megabass - Breakcore que ajudou a passar o resto da noite, que estava bastante fria. Um tanto ou quanto pica-miolos, mas o cérebro já não estava funcional por aí além. Grande Tony From Eustachian, a passar um remix de Napalm Death.