Em meu nome e dos Theriomorphic quero deixar aqui umas palavras, ainda sem estar inteiramente recuperado do massacre que foi organizar este concerto.
Depois de uma semana sem quase ter tempo para respirar, noites mal dormidas e uma última directa para poder dar conta dos últimos preparativos para o concerto, foi extremamente gratificante ter havido a festa que houve. Muito obrigado, não só a todos os presentes, mas também às várias pessoas que por telefonemas e mensagens fizeram questão de manifestar o seu apoio, ao longo do dia, independentemente da distância ou dos impedimentos que não lhes permitiram comparecer. Também a todos os que, mesmo não tendo dinheiro para assistir ao concerto, apareceram na Academia para beber uns copos e festejar.
Um agradecimento especial às seguintes pessoas:
- Bravo, Constança e restante pessoal da Academia de Linda-a-Velha, pela simpatia com que fomos tratados.
- Ana, Marta e Jaime pela ajuda na bilheteira e porta, entre várias outras coisas.
- Gonçalo, o técnico de som.
- Rui, pela ajuda no palco e com o material.
- Juca, pela bateria.
- Sabonete, pelo amplificador "de vaca".
- Os Hacksaw, porque mais do que uma festa com velhos amigos (que até é o caso, em relação ao Luís Lisboa), achámos que também seria importante ter uma banda "mais jovem", para mostrar que ainda teremos (Death) Metal de nível durante os anos vindouros. E pelo facto de serem pessoas que se esforçam por organizar concertos e excursões, e contribuem activamente para a boa saude do Metal em Portugal.
- Os Vizir, por serem a banda mais fácil de escolher para esta festa. Se no caso das outras bandas foi muito complicado optar por convidar umas e deixar outras de fora, a escolha deles foi unânime. Por serem das pessoas mais entusiastas entre o público, quando assistem a concertos nossos, mas também pelo convite para termos participado no último Colhões de Ferro, e pela forma excelente como fomos recebidos e tratados. Talvez algumas pessoas tenham uma certa dificuldade em perceber a grandeza destes 3 senhores, mas garanto-vos que, apesar da parte cómica, eles são pessoas que levam muito a sério aquilo que fazem e têm um grande espírito de respeito e camaradagem para com os outros.
- Bleeding Display, são uma escolha das mais óbvias. Velhos amigos, quase família, sem falar da ajuda e apoio por parte deles, quando nos emprestaram o Juca, baterista, para podermos dar vários concertos de apresentação do primeiro álbum, "Enter The Mighty Theriomorphic". E também passou por ambas as bandas o guitarrista Sid, irmão do produtor das duas bandas.
- Os Decayed também seriam uma escolha óbvia, mas devido a já termos feito juntos as apresentações dos nossos álbuns mais recentes, não estavam inicialmente no cartaz. Estivemos no décimo aniversário deles e foi um prazer tê-los no nosso. O Sapo (W. para alguns, mas para nós será sempre o poderoso Sapyr dos Sapyricon) também é um velho amigo. Chegou mesmo a ter uma banda (Sanitis, essa grande banda que, infelizmente, nos deixou há dez anos) com os irmãos Hugo e Sid. Participou vocalmente no nosso segundo álbum, "The
Beast Brigade", tal como eu já tinha gravado vozes no álbum "The
Beast Has Risen", dos Decayed (até a
Besta nos uniu!). Fez comigo várias viagens ao Wacken Open Air e também já viajou como pendura, acompanhando-nos em vários concertos de Theriomorphic. E é mais um dos que está sempre na linha da frente, quando tocamos.
- Os Pitch Black são já uma das grandes bandas do nosso meio. São pessoas excelentes, com quem passamos sempre grandes momentos, quando nos cruzamos. Já há muito que tinha pensado em trazê-los à zona de Lisboa e foi uma óptima ocasião para o concretizar. E nas próximas duas semanas, tocamos com eles em dois concertos. Haja pulmões! Peço desculpa, como já pedi a eles, a todos os que os queriam ver a tocar mais tempo. Quarenta minutos de Pitch Black sabem a pouco, é verdade. Ainda hesitámos antes de lhes dizer que a margem de tempo não nos permitia passar o que estava planeado. Ficou a minha promessa de tentarmos tê-los cá em breve. Tínhamos um limite horário a cumprir e ainda passámos uns minutos da meia hora de tolerância que tínhamos, no final. Corríamos o risco de ter a nossa actuação interrompida, com convidados a não chegarem a subir ao palco, depois do esforço feito para aprender temas e letras, especialmente para este dia. Julgo que todos perceberão facilmente o que estava em causa.
- The Firstborn não puderam participar, por motivos perfeitamente compreensíveis. Não deixam, por isso, de merecer aqui o nosso agradecimento por terem aceite o convite, no momento em que foi feito. Também já são amigos de várias andanças. Eu e o Bruno já nos cruzámos em palco, quando os Theriomorphic ainda não existiam e uma banda chamada Firstborn Evil começava a dar-se a conhecer. Curiosamente, foi no último concerto da minha primeira banda, Necroterium, quando já tinha tomado a decisão de que iria começar um novo projecto, chamado Theriomorphic.
- O Paulo, dos Shadowsphere, participou num dos temas do último álbum, "Flesh Denied", e também já vai sendo um dos grandes amigos que nos acompanha mais de perto. E, claro, já esteve com o André nos Shadowsphere, anteriormente. Para fazermos algo diferente neste concerto, além da previsível "Flesh Denied", emprestou a sua voz à cover do tema "Blinded By Fear", dos At The Gates, que já não tocávamos desde finais de 2001.
- O Hugo, irmão do nosso ex-guitarrista Sid e produtor dos nossos dois álbuns (e também produtor de Decayed e Bleeding Display), gravou guitarras no tema "A Final Journey", em que o W. também gravou vozes. Neste concerto, contámos com a presença dos dois, para tocar esse tema. Já o tínhamos feito com o W., mas desta vez reunimos ambos em palco, coisa que não acontecia desde o último concerto de Sanitis, há dez anos.
- O Marco, dos Omission e ex-Extreme Unction, foi uma das pessoas que se mostrou disponível para tocar alguns temas neste concerto, por não termos guitarrista. O João "Deris", que estava disponível para todas as outras datas, tinha já um compromisso para este dia, com outra banda. Esse concerto acabou por ser cancelado ou adiado e, obviamente, fazia todo o sentido que o João tocasse, em vez de termos outras pessoas a aprender os temas de propósito. Fizemos questão de, mesmo assim, contar com a presença do Marco, como agradecimento pela disponibilidade e também por todo o apoio que já nos tinha manifestado. Tocou outra das covers, "Over The Wall" dos Testament.
- O José Costa, de Sacred Sin, outro velho amigo e outra banda com quem já tocámos algumas vezes, deu-nos o prazer de vocalizar o tema "Pull The Plug", dos Death.
- O João G., de Pestilência, Mourning Lenore, Amarionette e Crystalline Darkness, entre outras, era outro guitarrista que iria tocar alguns temas, além do Marco. Ao não ser necessário, também quisémos que participasse na mesma da festa. E, pela primeira e única vez, fizémos uma versão do hino "Theriomorphic" com três guitarras em palco, para lhe dar uma dimensão mais próxima do que foi gravado no primeiro álbum.
- O Pedro Roque foi o fotógrafo "oficial" do concerto, encarregue de registar todo o evento para a posteridade. Eu deveria tê-lo mencionado em palco, mas acabei por me esquecer: o Pedro, neste concerto, passou a marca das 200 bandas que fotografou, ao longo de dois anos. A banda que assinalou este feito chama-se Vizir. Será, por todos os motivos, uma banda inesquecível para ele.
Entre público, bandas, convidados e respectivos acompanhantes, tivémos mais de 170 pessoas, sem contar com os que estiveram lá a conviver e a confraternizar na Academia, sem terem assistido ao concerto, que ainda eram uns quantos. Houve quem achasse haver pouca gente. Eu acho, sinceramente, que quem lá esteve foram os que queriam mesmo estar nesta festa. E só esses fariam falta. O ambiente foi fenomenal e não poderia ter sido melhor. Por um lado, ainda tivemos algumas surpresas, com pessoas que à partida não esperaria lá ver. Por outro, apenas confirmámos aquilo que já se sabia...
Um agradecimento final às bandas com quem chegámos a falar, mas não foi possível tê-las a participar nesta festa, quer por limitações da nossa parte, quer por impedimentos da parte delas, consoante os casos. Festejaremos juntos numa outra altura: Blacksunrise, Gwydion, Process of Guilt, R.D.B. e The Ransack.
Aqui fica o alinhamento dos temas, para os que foram e os que não foram. Tocámos as 3 covers que já tínhamos tocado em diferentes alturas, um tema da demo, e dois temas em formatos que nunca tínham sido recriados antes ao vivo.

O ANO DA BESTA, começou no dia 3 de Janeiro, com a banda com quem tocámos mais vezes ao longo de 12 anos: In Tha Umbra. Seguiu-se a nossa primeira presença no Moita Metal Fest, a quarta no SWR, outra estreia no Barreiro Metal Fest e esta celebração. Nas próximas duas semanas, mais dois concertos de celebração: LSM 2.5 e o MetalGDL.
Das 40 t-shirts "Black Label" que foram feitas, sobrou quase um quarto. Juntamente com as thirts "The Beast Brigade" vendidas, vendemos cerca de 35 t-shirts no concerto. Já mandámos vir uma nova fornada de "Black Label", porque alguns dos tamanhos (M e L) esgotaram e, dos outros, sobraram entre 1 e 3 peças. Em Panoias, já devemos ter o stock reposto, caso não haja nenhum imprevisto.
E ainda só vamos em metade deste ANO DA BESTA! Mais aventuras virão, em breve. Aguardem as próximas novidades!