Uma muito boa casa, bem cheia, pelo sala 2 do HC. Ainda bem, fico feliz por estes "pequenos" promotores poderem trabalhar, dando-me assim possibilidade de ir a concertos, sem ter de esperar por festivais de monta.
Svart Crown - não tinha ouvido praticamente nada. E foi pena. Deram um muito bom concerto e tem ali à mistura algumas influências interessantes. Coisas à Immolation com toque BM, outros temas com ritmos algo tribais a puxar-me o corpinho para o bailarico, tudo com muito peso, entrega da banda sem exibicionismos e um baterista a blastbeatar como um leão. Mesmo sendo a banda de abertura acabaram por conquistar o público e teriam merecido uma boa roda.
Carach Angren - conheço um pouco a banda dos tempos dos "Death Came... " e do "Where the corpses...". Do "This is no fairytale" tinha visto videos. Este último parece-me ter temas melhores que o anterior, do que fui ouvindo do que as minhas miúdas punham a rodar (desta vez elas também foram, por causa deles). A Blood Queen e a Charles Francis Coghlan são dois casos, que também tiveram presença no set. Ora bem... têm boa presença em palco, com a teatralidade que faz parte da estética da banda, mas sem se terem excedido (olha eu a lembrar-me de Therion...). O vocalista, além da presença, tem uma grande voz. Contudo, como temia com este tipo de banda a puxar para o sinfónico, o som não ajudou. Bateria muito alta abafando as teclas e a típica orquestração. Felizmente, ouviram-se alguns dos belos momentos da guitarra (e pensar que um dos fundadores do Canibal Corpse já passou por este papel,fosse há dois anos atrás e ainda o apanhava a ele), mas o todo perdia-se. Também adorei o José Joaquim das teclas. E não me refiro ao teclista... Acontece, também, pela natureza dos temas, longos e narrativos, que não fosse ter a minha miúda aos gritos ao meu lado me daria sono. Por momentos. No todo, apesar dos reparos, diverti-me. Destaque para a In the name of the devil (tradução do holandês,que não sei)
Para Rotting Christ tenho poucas palavras porque foram, as usual, brutais! Aquilo ao vivo é fantástico! Seres possuídos, sempre interagindo com o público. Um público que reagiu massivamente aliás, fosse no circle pit, fosse fora dele, respondendo, entoando refrões. A Apage Satana, com aquele ritmo repetitivo, como que um mantra, é contagiante. Elthe Kyrie, a fabulosa Societas Satanas, a Grandis Spiritus Diavolus deixaram tudo ao rubro, se é que houve algum momento em que não o esteve

Uma coisa destas por semana far-me-ia muito bem ao espírito e dispensava idas ao ginásio
