2017.06.23 - Apresentação dos álbuns de: CORPUS CHRISTII + IRAE - Lisboa

[Enigma]

Noite de black metal com duas das principais bandas nacionais a apresentarem os seus novos álbuns. Foi aproximadamente 60 minutos de atuação para cada uma das bandas.

Começo de noite, um pouco depois da hora marcada, com os Irae a apresentarem o seu novíssimo Crimes Against Humanity. Uma coisa que não me agrada é ir para um concerto e não conhecer as músicas. É verdade que, muitas das vezes, se descobrem bandas assim (mais em contexto de festival), mas claramente que a experiência atinge outro patamar (pelo menos, para mim), quando se conhece o reportório. E foi esse, precisamente, o único senão deste concerto. Dito isto, gostei bastante de os ver novamente ao vivo (já fazia algum tempo...) e o novo material (em que a atuação se baseou) soou-me muito bem. Tem tudo aquilo que caracteriza os Irae, mas é claramente um passo em frente. Está bastante coeso, mais variado e também, em certos momentos, épico. Olhando para o booklet do CD - que fiz questão de comprar no gig - e tentando-me lembrar dos nomes dos temas que o Vulturius ia anunciando, destaco Beyond my Torments (com intro à maneira ), Genocide Journey (grande malha!), Mastergoat e A Um Passo do Fim. Espero poder vê-los daqui a não muito tempo, já com os temas bem ouvidos.

Este ano estava bem difícil de ver Corpus Christii em 2017, A BANDA nº1 de black metal nacional. Consegui a (infeliz) proeza de não os conseguir ver em dois festivais - Moita e SWR - em que estive presente. Portanto, à terceira foi de vez, ainda para mais na apresentação de um álbum tão bom quanto o Delusion (um dos grandes álbuns de 2017). Assim, a expetativa era grande para ver/ouvir os novos temas ao vivo. Começo fortíssimo com a excelente Bleak Existence seguida de dois grandes temas do PaleMoon - Under Beastcraft e Night of Flaming Hatred (embora tivesse preferido que tivessem tocado a Stabbed e a Crimson Hour em vez destas, que tenho visto mais vezes recentemente. But you can't have it all). Seguiu-se uma sequência estupenda de temas do Rising - Black Gleam e a incontornável Untouchable Euforia - e a Soaked in Your Blood do The Torment Continues. Por esta altura já era notória uma abordagem do NH um pouco diferente do habitual em palco, um pouco mais introspetivo e contemplativo e menos visceral que o habitual. De um modo ou de outro, continua a ser um frontman fabuloso. Ao sétimos tema, chegou a altura para apresentar o novo álbum, tocando os quatro primeiros temas do álbum pela mesma ordem. The Curse Within Time marcou a toada - que tema! - seguida de Become the Wolf, Chamber Soul e a I See, I Become (com a presença do Vulturius em palco). Ainda tocaram a Seeker of All e a excelente Carrier of Black Holes, antes de finalizarem mais um excelente concerto com a clássica e memorável All Hail. Grandes CC!

Setlist:
Bleak Existence
Under Beastcraft
Night of Flaming Hatred
Black Gleam Eye
Untouchable Euforia
Soaked In Your Blood
The Curse Within Time
Become The Wolf
Chamber Soul
I See, I Become
Seeker of All
Carrier of Black Holes
All Hail!

Breve nota final para a venue... sem estar a querer chover no molhado, esta sala não oferece as mínimas condições, nem para as bandas (com um palco em que os músicos - excetuando o vocalista - ficam a uma grande distância do público), com condições de som também longe do melhor (e aqui há que destacar o trabalho das bandas que conseguiram ter melhor som que a maioria das bandas que tocaram no Extreme) e o enorme calor que se fazia sentir na sala.
Ainda assim, foi uma grande noite de black metal, mas só de imaginar o quão melhor poderia ter sido no RCA...

[aetheria]

Thanks, Enigma

Agora vou ali fustigar-me mais um bocadito e beber umas minis stout alone (esta é a minha review da noite passada) e já volto.

[invocator]

Thanks, Enigma

Agora vou ali fustigar-me mais um bocadito e beber umas minis stout alone (esta é a minha review da noite passada) e já volto.

Vim só dizer que a Stout é uma maravilhosa cerveja

Ah e não dava para ser no RCA porque tocou lá Touché Amoré

[Enigma]

Thanks, Enigma

Agora vou ali fustigar-me mais um bocadito e beber umas minis stout alone (esta é a minha review da noite passada) e já volto.

Vim só dizer que a Stout é uma maravilhosa cerveja

Ah e não dava para ser no RCA porque tocou lá Touché Amoré

Sim, é verdade. Mas este evento poderia eventualmente ter sido noutra data (isto digo eu que estou por fora, claro...).

[aetheria]

Vim só dizer que a Stout é uma maravilhosa cerveja

Sim, é uma bela companhia

Sim, é verdade. Mas este evento poderia eventualmente ter sido noutra data (isto digo eu que estou por fora, claro...).

Mas numa noite de S.João, em que as bruxas andam à solta manda mais pinta

[Enigma]

Sim, é verdade. Mas este evento poderia eventualmente ter sido noutra data (isto digo eu que estou por fora, claro...).

Mas numa noite de S.João, em que as bruxas andam à solta manda mais pinta

Sem dúvida.

[lucifer]

Primeira vez nos Nirvana Studios. Globalmente é um espaço muito sui generis, que nos transporta pró cenário de um filme do Rob Zombie. Muito louca a ideia e a decoração geral. Já a sala é em si mesma muito sofrível. Apesar de o palco até ter altura, a sua disposição afasta a banda do publico (excepção feita ao vocalista) retirando muita energia e contágio aos concertos. O som deixa muito a desejar sobretudo nas partes mais complexas. Ah e a Becks continua a ser a pior cerveja do mundo…

IRAE foi muito bom. O som estava bom, o álbum ao vivo pareceu bem catchy mas sem deixar de ser pesado. Aliás nalgumas passagens pareceu-me mesmo ouvir o Irae mais pesado até à data. Houve ali a meio uma malha que funciona impecavelmente como single (não sei se é esse o objectivo, mas foi fixe). Grande prestação, velocidade, blasfémia e devoção.

Quanto a CC, o “Delusion” tem vindo a crescer a cada audição, embora ainda não tenha chegado ao nível de qualquer um dos seus antecessores. Dito isto, a escolha (já habitual) de juntar os temas novos com outros já bem rodados acabou por manter a atenção em níveis elevados, embora se tenha notado alguma debandada do publico no segmento das malhas do novo álbum, as quais, naturalmente, ainda não aparentam estar tão carburadas ao vivo como as demais. Não me lembro de ter visto CC só com uma guitarra e na sexta, se o som da sala já não é o melhor para uma banda com som “complexo”, a falta da segunda guitarra notou-se em vários temas. Isso e a distância da banda face ao público.
Comparar este gig de CC com outros em palcos maiores (sejam nacionais ou estrangeiros) é falar de realidades totalmente distintas. O ambiente estava familiar mas talvez em demasia. Talvez tenha faltado mais negrume, mais agressividade. Maior flagelo.

Só um aparte que nunca fiz: eu sou fumador, mas fodasse numa sala daquelas, abafada, sem extractores e cheia, é preciso fumar tanto cigarro lá dentro? Havia lá miúdas a acender um cigarro em cada malha. Por isso um grande hail ao grandalhão que agitou as hostes na Hall hail Master Satan 

[Deris]

Thanks, Enigma

Agora vou ali fustigar-me mais um bocadito e beber umas minis stout alone (esta é a minha review da noite passada) e já volto.

Vim só dizer que a Stout é uma maravilhosa cerveja

Ah e não dava para ser no RCA porque tocou lá Touché Amoré

Sim, é verdade. Mas este evento poderia eventualmente ter sido noutra data (isto digo eu que estou por fora, claro...).

Tentámos marcar a data em outras salas, tendo sempre em consideração o RCA, mas foi impossível por falta de agenda. Deixaria de fazer sentido se organizássemos este concerto em Setembro pois os álbuns já teriam saído há demasiado tempo.
Era isto ou não haveria GIG de apresentação do álbum das 2 bandas.

[Enigma]

Sim, é verdade. Mas este evento poderia eventualmente ter sido noutra data (isto digo eu que estou por fora, claro...).

Tentámos marcar a data em outras salas, tendo sempre em consideração o RCA, mas foi impossível por falta de agenda. Deixaria de fazer sentido se organizássemos este concerto em Setembro pois os álbuns já teriam saído há demasiado tempo.
Era isto ou não haveria GIG de apresentação do álbum das 2 bandas.

Obrigado pela info. Decisão acertadíssima, o mais importante foi haver GIG.