Não vi as duas primeiras bandas do dia, portanto quem chegou mais cedo que se pronuncie.

Mantar - não se lhes poderia pedir, no contexto de um festival (openair), e com um calor abrasador, que tivessem o mesmo impacto que tiveram no concerto do Burning Light Fest. E, de facto, não tiveram. O que não quer dizer que não tinha sido uma boa atuação, porque o foi. Mostraram, e bem, toda a sua garra e intensidade. E foi simpático referirem-se à sua atuação no Burning Light como das primeiras que fizerem na carreira.
Katatonia - apesar de já os ter visto várias vezes, já fazia tempo desde a última vez (provavelmente desde o concerto na Incrível). Apesar dos recorrentes (e irritantes) problemas técnicos, gostei bastante de os rever. Embora lhes tenha perdido um pouco o rasto ultimamente, o The Great Cold Distance é um dos meus álbuns prediletos e o Jonas tem umas das melhores clean vocals. Como a setlist se baseou no The Great Cold Distance, não podia ter sido melhor. July, Deliberation, Soil's Song, My Twin e a Forsaker (com que fecharam o set) foram os pontos mais altos. Nota para a indumentária do Jonas que, mesmo com o calor que se fazia sentir, não abdicou da sua camisa preta de manga comprida.

Anathema - banda que já não acompanho há muito tempo e que, em concerto próprio, certamente não marcaria presença. Dito isto, são músicos competentíssimos, excelente presença em palco e sabem interagir com o público na perfeição. Aliás, eram muitos os fãs de Anathema por lá, tendo em conta as vezes em que entoaram as letras das músicas. Não sendo esta a minha praia, houve, por isso, alguns momentos que roçaram (ou até, ultrapassaram) a monotonia, mas foi um excelente concerto e em que se destacou a sequência final de temas - Closer, A Natual Disaster, Distant Satellites e Fragile Dreams.
Opeth - eram sem dúvida o ponto de maior interesse para mim do primeira dia do fest. E não deixaram os seus créditos por mãos alheias. Já são várias as vezes que os vi ao vivo, e uma coisa é certa, o nível das suas atuações ao vivo é sempre elevadíssimo, e desta vez não foi exceção. Excelente concerto! Músicos exímios, o Mikael a mostrar que ainda sabe fazer growls (houvesse pois vontade de os aplicar no material mais recente da banda...) e nem as inconfundíveis piadas (do sr. Moustache.


Notas gerais sobre o fest: excelente localização, acesso bastante fácil, parque de estacionamento mesmo ao lado, e (polémicas estéreis à parte) o novo recinto reúne ótimas condições. A adesão de público também foi bastante boa. Vamos ver como corre hoje.
