
Parece ser uma opinião unânime que o novo álbum dos My Dying Bride inflecte de uma forma consistente numa direcção a que a banda de Halifax nos habituou desde muito cedo e que os trabalhos mais recentes, mais envoltos em melodias arrastadas e alguma perda de interesse, pouco evidenciavam. O regresso aos Academy Studios aparenta ter sido bastante inspirador, assim como o retorno, já com «Feel the Misery» praticamente todo escrito, do guitarrista fundador Calvin Robertshaw, ausente desde o distante «34.788%... Complete» de 1998, como que provocaram no sexteto uma retoma de forma, num disco emocional, com uma cadência mais forte e com uma qualidade inquestionável. Por vezes bebendo da água de «The Angel and the Dark River» ou até perdendo-se nos tempos de «Turn Loose the Swans», o 12º opus em 25 anos de estúdio dos britânicos revela-se através de 8 obscuros e pesarosos temas. Stainthorpe assinala aqui uma extraordinária performance vocal, Andrew e Calvin não evidenciam em momento algum os 15 anos de separação e Shaun Macgowan consegue transmitir aquelas passagens arrepiantes sacadas dos teclados e violino como há algum tempo não sentíamos. Num ano em que os Paradise Lost voltaram a tocar forte, aguardemos agora que os Anathema deixem o Pop. Nov-15 [ 83 / 100 ]
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