Literatura

[p41nk1ll3r]

Comecei a ler esta série.



É uma série infanto-juvenil de fantasia inspirada na mitologia celta galesa. O estilo de escrita é bem simples, nada muito elaborado ou complexo, o que é compreensível devido ao público alvo. Mesmo assim eu estou gostando, já que sou muito fã desse gênero.

Um desses livros, o Caldeirão Negro foi deu origem a uma versão animada da Disney, vi isso no cinema quando era mais jovem.
Foi considerado o filme proibido da Disney, muito por causa desta e outras cenas (vídeo em baixo), que assustaram os mais novinhos e chatearam muito os pais, levando a muitas queixas por parte destes aos executivos da Disney.
Foi na altura o filme animado mais caro a ser feito, e devido às reações negativas dos pais, fracassou na bilheteira, causando uma grande dívida no grande estúdio norte americano.

Há uns anos lembrei-me desses desenhos mas não consegui identificar de onde eram. Incrível...

[Keeper]

Esse filmes de animação de fantasia dos anos 80 são muito bons, tem uma atmosfera muito diferente dos de hoje. Aquele "Fire and Ice" é espetacular.

[aetheria]

Foi considerado o filme proibido da Disney, muito por causa desta e outras cenas (vídeo em baixo), que assustaram os mais novinhos e chatearam muito os pais, levando a muitas queixas por parte destes aos executivos da Disney.
Foi na altura o filme animado mais caro a ser feito, e devido às reações negativas dos pais, fracassou na bilheteira, causando uma grande dívida no grande estúdio norte americano.

Desconhecia. Interessante.
O facto é que há "pequenas coisas" que nos parecem inócuas (até por serem de animação) e que mexem com os miúdos.
Eu mostrei a Branca de Neve às minhas, ainda pequenas, e durante muito tempo elas andavam com medo por causa da bruxa. Naquele tempo, a Disney puxava nas personagens malvadas. Se repararem, a partir dos finais de 90, os malvados (sejam da disney ou outros) têm sempre umas saídas cómicas; especialmente, têm ajudantes patetas. É uma forma de aligeirar esses momentos,
Não sei se isto é almofadar a mais a realidade para os miúdos, deixando-os cada vez menos preparados para a dureza da realidade (sempre foi esse o propósito dos contos populares infantis), mas percebo o melindre...



(a Viagem de Chihiro também as "traumatizou são adultas e ainda falam das impressões de então. E já viram muitos mais dos estúdios Ghibli, que adoram, mas o da Chihiro não querem, não conseguem apagar a tal impressão da infância ahahah )

[abyssum]

Essa bruxa continuou a assustar muita gente por gerações. O que significa um trabalho muito bem feito.
O Caldeirão Negro foi o ultimo filme da Disney a ter um vilão assustador, tudo mudou depois disto, pelas razões apresentadas em cima. Mas não foi só isso este filme não tem canções, tem personagens que cometem suicídio, mortos a ressuscitar ,todo o filme é sombrio e é muito antagónico no que se espera de uma animação infantil.
A Disney mudou completamente o estilo com o filme seguinte "A Pequena Sereia", o extremo oposto com muitas canções, cores alegres, muito humor e vilões suaves e assim tem sido até agora.
Apesar de tudo O Caldeirão Negro conseguiu um estatuto de culto com a reedição em DVD, só tinha havido uma edição em VHS no final dos 80s e foi só, nunca mais a Disney quis mexer naquilo até aos 2000s.

[Keeper]

Comecei a ler este mangá ontem. Compartilhei esta foto no Facebook. Pela capa as pessoas lá vão pensar que estou lendo um hentai.

[Blackadder]

No ano passado li pela primeira vez o Bohumil Hrabal — autor checo do século passado — e fiquei fã.

Comecei pelo 'Comboios Rigorosamente Vigiados', segui para 'A Terra Onde o Tempo Parou'. Agora estou a ler o 'Terno Bárbaro', e já tenho ali 'Uma Solidão Demasiado Ruidosa' e ' Eu que Servi o Rei de Inglaterra'.

[Blackadder]

Terminados o 'Terno Bárbaro' e o 'Uma Solidão Demasiado Ruidosa'; vai um 'Essa Gente' do Chico Buarque para mudar de ares.

[Blackadder]

Comecei esta semana "Estado Civil", do Pedro Mexia, e "Os Irmãos Karamázov", do Dostoiévski. Estou a gostar muito dos dois.

[Selvagem]

"Os Irmãos Karamázov", do Dostoiévski.

Acabei de ler esse à pouco tempo.

Agora estou a ler o "Sapiens" do Harari e o "Portugal: A Revolução Impossível?" do Phil Mailer.

[aetheria]

Invejo-vos a capacidade de leitura. Estou uma vergonha, há uns anos.
Não que não passe os meus dias a ler, mas são outras coisas, e nos espaços livres, ou me desperdiço nas redes ou dou de pastar ao cérebro com filmes e séries.
No passado havia o "video killed the radio star", no meu caso é internet/streaming killed books (e é coisa que eu gosto muito, mas só nas férias lhe dou espaço mental). Estou sempre à espera de "aliviar a carga de trabalho" para voltar a entregar-me aos livros.

[Selvagem]

Invejo-vos a capacidade de leitura. Estou uma vergonha, há uns anos.

Eu também não sou um bom exemplo, demoro imenso tempo a acabar livros. Estes que disse acima comecei a ler faz uns bons meses. O tempo livre ocupo muitas vezes com filmes e youtube e acabo por ler menos do que devia.
Depois tenho o hábito de ler vários ao mesmo tempo, e por isso ainda levo mais tempo a acabá-los.

O que me deixa mais frustrado é acabar de ler os livros e passado uns meses lembro-me de pouca coisa deles.. não sei se acontece o mesmo com vocês.. lembro-me se o livro é bom ou não, das partes mais marcantes e das ideias gerais, mas certos pormenores fico com dificuldade em reter.
Obviamente que é melhor ler que não ler, inconscientemente ou conscientemente os livros deixam sempre marca mesmo que não nos lembremos bem deles.

[aetheria]

Invejo-vos a capacidade de leitura. Estou uma vergonha, há uns anos.

Eu também não sou um bom exemplo, demoro imenso tempo a acabar livros. Estes que disse acima comecei a ler faz uns bons meses. O tempo livre ocupo muitas vezes com filmes e youtube e acabo por ler menos do que devia.
Depois tenho o hábito de ler vários ao mesmo tempo, e por isso ainda levo mais tempo a acabá-los.

O que me deixa mais frustrado é acabar de ler os livros e passado uns meses lembro-me de pouca coisa deles.. não sei se acontece o mesmo com vocês.. lembro-me se o livro é bom ou não, das partes mais marcantes e das ideias gerais, mas certos pormenores fico com dificuldade em reter.
Obviamente que é melhor ler que não ler, inconscientemente ou conscientemente os livros deixam sempre marca mesmo que não nos lembremos bem deles.

Isso está-me a acontecer com tudo (filmes, séries, música). A menos que seja absolutamente marcante, também só fico com impressões. Acho que é fruto (no meu caso, definitivamente, é) de sobrecarga de informação. Temos a mente a ser bombardeada com estímulos constantes, não há espaço para tudo.
Aliás, eu também não sou uma leitora rápida (a menos que sejam daqueles livros de "suspense" que se devoram... mas nem é o tipo de leitura que mais faço), mas fiquei pior. Muitas vezes escrevo nas margens dos livros, ou nas páginas brancas do fim, pensamentos que me ocorrem, mas isso já antes fazia. Mas agora fico, muitas vezes, parada a pensar em algo que leio, e depois a minha mente foge para outra coisa. E, ainda, com a internet ao lado, estou sempre a parar para pesquisar um quadro de que o livro fala, ou um evento histórico, ou se a personagem existe, ou ver a cidade, o monumento, ou quem foi o rei/batalha/whatever... aprendo coisas, é certo (mas tb não sei para quê, já que é tanta informação que esqueço, ou só fico com ideias vagas, posteriormente)...
Para alguém tendencialmente diletante como eu, ter esta fonte de informação à mão é como dar uma lata de gasolina e um isqueiro a um incendiário...

[Selvagem]

Isso está-me a acontecer com tudo (filmes, séries, música). A menos que seja absolutamente marcante, também só fico com impressões.

Vejo que não sou o único então.

Sim, acontece-me também o mesmo com outras tipos de cultura, não é só com livros. Gostava de poder aumentar a "RAM" do cérebro para reter melhor as coisas. É demasiada informação para processar. Para reter tudo a 100% tenho de ler, ver ou ouvir as coisas umas 3 ou 4x.

Na música ainda assim acho que o motivo é diferente, li num sitio qualquer que deixamos de estabelecer uma ligação forte com a música a partir de uma certa idade, acabamos por isso por dar mais valor às coisas que ouvíamos quando éramos mais novos. Julgo que é por isso que tanto se costuma ouvir "no meu tempo é que era" ou "já não fazem nada bom como antigamente".. acaba por ser uma percepção enviesada. Mas possivelmente a sobrecarga de informação também pode ter influência nisto.

aprendo coisas, é certo (mas tb não sei para quê, já que é tanta informação que esqueço, ou só fico com ideias vagas, posteriormente)...

Ainda assim, isto não é um fenómeno da modernidade, já no século XIX queixavam-se do mesmo, citando o grande Ralph Waldo Emerson:

"Não me lembro dos livros que li, mais do que das refeições que fiz, mesmo assim eles fizeram de mim o que sou."

[aetheria]

"Não me lembro dos livros que li, mais do que das refeições que fiz, mesmo assim eles fizeram de mim o que sou."

Vou acreditar no Waldo, para me confortar
(se bem que, sim, acho que está certo)

[Blackadder]

Invejo-vos a capacidade de leitura. Estou uma vergonha, há uns anos.

Estou a (tentar) compensar tempo perdido. Lia alguma coisinha entre o fim da adolescêcnia e os meus vintes e poucos. Depois, uma crise, e a vida a acontecer no geral, fizeram com que deixasse de ler, ou passasse a ler mesmo muito pouco. Entretanto, com a cabeça mais arrumadinha, tenho andado a tentar recuperar hábitos. E apesar de durante a semana ser complicado, porque chego ao fim do dia com a cabeça feita em papa, lá vou conseguindo.

O meu problema é não ter memória, ou capacidade de reter informação. Leio alguma coisa, vejo um filme, aprendo isto ou aquilo, e passado uma semana já não me lembro de nada. É uma condição mesmo muito frustrante e que me deixa muito triste. Mas quero acreditar que se for insistindo a coisa pode melhorar, sobretudo agora que já não tenho paciência para grandes saídas e copos etc., e que valorizo cada vez mais dormir como deve ser e cuidar do corpo e da cabeça.

Ainda perco muito tempo com o instagram, e o whatsapp (aqueles chats de grupo, sempre com conversas tolas que não servem para nada). Por isso é algo que quero aprender a reduzir a um mínimo saudável. Mas é um processo e tem tido altos e baixos. A minha vontade era abandonar o smartphone de vez. Mas não só tem coisas que dão efectivamente jeito, como o trabalho não mo permite (chaves de autenticação, apps, e merdas dessas). Por outro lado tenho alguns amigos, cuja amizade valorizo muito que contacto essencialmente através das redes, ou porque moram longe, ou porque são pessoas que conheci, por causa da música e dos concertos, e mesmo não fazendo parte do meu ciclo mais próximo, gosto sempre muito de os rever, e sempre que há um gig esse reencontro é algo que aguardo com expectativa — é por isso que das últimas vezes que fui ao Amplifest mal vi concertos, lel.

O meu concelho é: se queres realmente voltar a ganhar o hábito, não imponhas objectivos demasiado ambiciosos. Escolhe um livro que te dê gozo ler, até pode ser um assim mais leve e pateta, algo para ler só pelo prazer escapista de ler, e tenta ler todos os dias um bocadinho. E um bocadinho pode perfeitamente ser 10 minutos. Ficarás admirada com o resultado. Mesmo que "falhes" dois dias, vais acabar por ler cerca de uma hora por semana, porque acabamos sempre por esticar um bocadinho — até podes mesmo definir um momento do dia para o fazeres, por ex. na hora de almoço, a meio da manhã, etc. Se for um livro relativamente curto, e de leitura rápida, termina-lo num mês, mês e meio, facilmente. Ora, 10-12 livros num ano, não é nada mau.


Anyway, eu tenho isso, agora, com filmes. Acho que este ano ainda não vi nenhum. E no ano passado conta-se pelos dedos.