Cinematógrafo II

[Sethlad]

O Hurt Locker a tirar categorias técnicas ao Avatar é ridículo. Admite-se que pudesse perder em todas as outras, mas nas técnicas...

Em termos de som, achei o trabalho do Hurt Locker sublime. Inclusive superior ao (excelente) trabalho do Avatar.

O hurt locker era o meu "favorito" para melhor filme e realização, mas não estou de acordo com o oscar ao argumento. O filme é excelente em muitas coisas (direcção, actores, edição, edição de som, etc) mas o argumento é, no máximo, "bom".

Seja como for, estou bastante contente já que foi mesmo um dos meus filmes favoritos de 2009.

[Demoniac]

Infelizmente não vi. O filme não me chama muito.

Fiquei satisfeito em saber que o Jeff Bridges ganhou o que merecia (Faz já muitos anos). Um actor que eu acompanho desde miúdo e smp achei que merecia estar entre os mais reconhecidos.

E o Avatar não ganhou como melhor filme. É bom um gajo enganar-se.

[Indigente]

Fiquei satisfeito em saber que o Jeff Bridges ganhou o que merecia.

The dude abides man, the dude abides.
....................\

[Demoniac]

Continuando a falar de bom cinema. Tive a excelente ideia de ir ver o "A Single Man" (no sempre maravilhoso Monumental).

O filme é extremamente belo! O cuidado nos contrastes para transmitir emoção, pareceu-me bastante original e inovador em termos de contacto entre realizador e público.
O enredo é bastante simples e directo, mas existe magia no ar e existe um Colin F. todo atirado ao oscar-buzz (sinceramente se não tivesse lá o "The dude", ele merecia).

Aconselho vivamente este filme por todas as razões possíveis e imaginárias, para quem realmente gosta de ver um bom filme com um tom clássico e ao mm tempo diferente. Um ambiente bastante 60's e bastante homo-sexualidade. Aliás não me lembro de ver um retrato tão interessante sobre a mesma. Sem 'mariquisses' (sim essas) e pelo menos aos meus olhos as cenas de engate foram fascinantes. Já suspeitava que entre 2 homo-sexuais (de sexo masculino) maduros o ambiente fosse assim, mas fiquei surpreendido na mesma.
Não aconselhado a homofóbicos.

De vez em quando ainda existe esperança em Hollywood. Faz já uns anos que não ia ver um filme (leia-se não europeu e comercial) às cegas e foi uma surpresa muito boa. Entrei sem saber pouco mais do que dizia no cartaz. Sem tempo para os preconceitos entrarem em acção.

Todas as noites passadas num cinema deviam ser assim.

[p41nk1ll3r]

O [Rec] 2 está muito bom. Gosto mais do primeiro mas a sequência da história foi feita de forma bastante inteligente, sobretudo porque souberam desenvolver algo que à partida não teria muitas soluções.

espanhol ou americano?

[Toretto]

O [Rec] 2 está muito bom. Gosto mais do primeiro mas a sequência da história foi feita de forma bastante inteligente, sobretudo porque souberam desenvolver algo que à partida não teria muitas soluções.

espanhol ou americano?

O segundo só existe em espanhol... para já.

[Le Point Noir]

Vi ontem o Revolutionary Road no Telecine ou que raio seja o nome actual.
O filme está longe de ser perfeito, mas dá que pensar... e aquela personagem do maluco que tem mais juízo que toda a gente é simplesmente brilhante.
Dos filmes que já vi do DiCaprio, já gostei de o ver em 2 filmes e meio..aqui estava a ir bastante bem, mas depois quando é preciso aqueles crashes psicológicos, parece sempre um rapazola ..ainda por cima ao lado da Kate Winslet.

[lucifer]

dos filmes que vi ultimamente destaco estes três:

EL SECRETO DE SUS OJOS

O filme argentino que ganhou o óscar para melhor filme estrageiro é um bom filme, que entretem e não cheteia, apesar de faltar ali aquele click para ser um grande filme. Duas épocas distintas, com as mesmas pessoas; crime, quase thriller e uma quase paixão, num filme com boa intrepretação do Ricardo darin (o mesmo de La educación de las hadas ), embora num registo menos intenso que outros recentes vencdores da mesma estatueta. 7

http://www.youtube.com/watch?v=GcHkTSqeGoU

REC 2
Brutal, novamente! Conseguiram voltar a prender-me à cadeira (ou sofá...) durante todo o filme. Continuação perfeita do primeiro, com uma evolução na história, novas direcções e enquadramento. Tenham medo.Muito medo. Por ser sequela, leva um 9!

http://www.youtube.com/watch?v=_82feyJmG-k

SHUTTER ISLAND
As (fundamentadas ou não) criticas a este filme não têm nenhuma razão ser. História catchy, não totalmente inovadora, mas com contornos e...um final diferente. Di Caprio ao seu nível e Scorcese a conseguir manter o seu. 7,5

http://www.youtube.com/watch?v=HYVrHkYoY80

[Sethlad]

A falar de alguns filmes que já se falaram aqui e outros que não.

A Single Man: tenho de ver isso. A história parece-me extremamente interessante e o facto de aparentemente ter esse tom sóbrio e comedido do cinema inglês só abona em favor do filme. On my wish list.

A Simple Man: não, não é o mesmo, é o dos Coen. Sinceramente... meh. Comecei por adorar o filme, o início é brilhante, o seguimento também e até um determinado ponto o filme é mesmo muito do meu agrado, depois começa a... hmm... "desinchar". As interpretações estão brutais, mas a partir de determinado momento entra num loop estranho e sem muito fio à meada que acaba por deixar um sabor a pouco. Seja como for, mais um bom exercicio cinematográfico dos Coen, que conseguem espelhar muito bem o mundinho do judeus nos EUA.

El Secreto de sus ojos: recomendo. Como diz o lucifer não é BRILHANTE, longe disso, mas acho que está muito bem construida. Tem alguns problemas de dinâmica... ali pelo meio a coisa perde um pouco de gás... mas depois recupera o interesse. Tal como na grande maioria dos filmes e serie argentinas, os actores principais estão em excelente plano e os secundários são miseráveis. Se alguém estiver interessado em mais sugestões de cinema argentino, que avisem.

Shutter Island: bem conseguido. Não é uma obra de arte cinematográfica, até porque recorre a vários "truques" do estilo thriller, mas acho que está muito bem lograda, sobretudo se pensarmos que a agora famosa 4ª dimensão (vamos lá ver o que sai da Inception do Nolan) nunca foi o ponto forte do senhor Scorcese, normalmente mais preocupado com os males do mundo que com os meandros da mente humana (taxi driver a notável excepção). Seja como for, a dinâmica do filme está, na minha opinião, perfeita. Num primeiro momento parece óbvia, depois leva-te a duvidar de tudo e um estado de mente muito WTF... para depois no fim ser mesmo óbvia... mas com um twist que, para mim, está muito inteligente ao não ser um twist sacado do olho-do-cú a la Shayamalan, mas sim solidamente construido com tudo aquilo que se nos apresenta durante o filme. Totalmente de acordo com o lucifer, um 7,5 sólido (a descair para um 8 IMO). Do scorcese, hoje em dia, sinceramente não espero muito mais.

Revolutionary Road: já vi esse filme há mais de um ano, por isso não o tenho tão fresco na memória, mas lembro-me de ficar muito impressionado pela riqueza das personagens. Ao contrário do Scorcese, o Mendes sim é um mestre da natureza humana, e isso vê-se claramente na solidez dos personagens criados. O Di Caprio está, como de costume, competente e a Winslet simplesmente fenomenal. Depois... é mendes... não acontece muita coisa, mas tudo o que acontece é importante.

[REC 2]: don't know, don't care. Odiei o primeiro, não me interessa o segundo.

(yeah... slow morning at work, does it show?)

[Demoniac]

A falar de alguns filmes que já se falaram aqui e outros que não.

A Single Man: tenho de ver isso. A história parece-me extremamente interessante e o facto de aparentemente ter esse tom sóbrio e comedido do cinema inglês só abona em favor do filme. On my wish list.

Aconselho-te VIVAMENTE!

Já agora alguém já viu o Parnassus ? ( o Grimner já deve ter visto umas 3x desde ontem).

[Sethlad]

A falar de alguns filmes que já se falaram aqui e outros que não.

A Single Man: tenho de ver isso. A história parece-me extremamente interessante e o facto de aparentemente ter esse tom sóbrio e comedido do cinema inglês só abona em favor do filme. On my wish list.

Aconselho-te VIVAMENTE!

Já agora alguém já viu o Parnassus ? ( o Grimner já deve ter visto umas 3x desde ontem).

Eu sim, em Espanha quando estreeou ai ha uns meses. Acho que até devo ter comentado por aqui... acho estranho se não o tiver feito.

Não gosto demasiado de opinar antes de que o pessoal vá ver o filme, para não "poluir" as opiniões, mas a verdade é que o Parnassus me desiludiu. Sem entrar em detalhes, explico porque:

Sou um mega fã do Gilliam e, exceptuando os irmãos grimm, gosto muito de tudo o que fez (barão munchausen e jaberwocky incluidos) sobretudo da sua ilimitada imaginação e da forma como, com poucos recursos, consegue criar mundos tão ricos e fantásticos (Brasil e Twelve Monkeys).

O Parnassus é visualmente esmagador. As interpretações estão, na sua maioria, competentes (christopher plummer incrível e a menina também tem o seu quê de hipnótico). A forma como contornou a morte do Ledger é bastante engenhosa e bem conseguida... se não se soubesse a verdade, poderias acreditar que tinha sido escrito assim desde o inicio.

No entanto, o filme parece-me trapalhão. Trapalhão é mesmo a palavra. Começa aos tropeções. Os primeiros 20 minutos são completamente descartáveis e não têm nem pés nem cabeça (mesmo para o habitual caos do Terry). Acho que esses 20 minutos foram muito responsáveis pela minha opinião negativa geral do filme.

A verdade é que depois o filme, a partir da entrada e cena do Ledger, melhora muito (mesmo muito). Não tanto pela sua prestação (que está competente mas não espectacular) mas porque dá uma coesão que, até então, o filme não tinha.

A partir deste momento a minha crítica é só uma, e não quero que seja mal interpretada: acho que o Gilliam usa e abuso do CGI exageradamente. Digo que não quero ser mal interpretado pq não sou o tipico anti-cgi fundamentalista que defende que tudo deveria ser feito com cartões e jogos de luz, mas a verdade é que uma ferramente como o CGI nas mãos de uma mente como a do Gilliam é um perigo. Um perigo porque ele simplesmente não se consegue controlar... e tudo aquilo que se lhe ocorre termina no filme, e há coisas que, na minha opinião, sobram.

Muito do encanto dos anteriores filmes do Terry é que, pela dificuldade que tem em conseguir financiamento ou simplesmente pelas limitações tecnologicas da altura, o ele sempre tinha de encontrar formas engenhosas e originais de levar ao ecrã aquilo que a sua brilhante mente imaginava. Isto é evidente em quase todos o seus filmes. às vezes os efeitos especiais eram meio manhosos (Time bandits), mas a magia estava aí mesmo... Com o CGI o Terry de repente vê-se "capaz de tudo" e isso leva a um extravasar visual que é impressionante, sem dúvida, mas também excessivo, na minha opinião.

O efeito final de tanta cena visualmente espectacular é que acaba por afastar-nos do filme... somos meros espectadores passivos a ver fogo-de-artificio. Entre isso e os catastróficos primeiros 20 minutos, não consegui, em nenhum momento, entrar no filme.

Enfim, acabei por escrever demais... mas acho que não deixei nenhum spoiler nem nada. Espero que não crie preconceitos antes do filme, não é a minha intenção... mas se vais à espera de Gilliam subtil, engenhoso e artesanal (tideland, fisher king)... esquece.

Algumas pessoas gostarão muito do filme eu, infelizmente, não. E vão 2 filmes do Terry que não me agradam. Uma pena. Espero que o "The Man who Killed Don Quixote" seja melhor.

[Demoniac]

Estou com vontade de ir ver hoje o filme. Mas essa do CGI realmente é algo assustadora (Especialmente para mim). Tou a por isso de lado .

Infelizmente não conheço muito os filmes deste senhor. Tenho que começar a tratar disso, depois de mais umas sessões com o senhor Werner H.

EDIT:

Sempre fui ver o Parnassus. Gostei e achei bastante criativo. No entanto não surpreende por ai além. Mediano mas interessante ao mesmo tempo. Ainda notei ali uns ambientes e a meio do filme estava smp a dizer para mim "foda-se este é o gajo de Monty Pyton..." alguns momentos fazem lembrar de facto.

Só é pena ele não ter explorado uma faceta mais emocional de alguns personagens....mais contraste entre cenas (sem ser o fantasmagórico CGI, que lado a lado com o filme Tetro está muito bem utilizado - É smp bom saber que esta tecnologia não existe só para prejudicar o ambiente de determinados filmes). Um contraste emocional.

Embora o final tenha o seu brilho! Gostei das metáforas que claramente personificaram a vida real e como nem tudo na vida é preto e branco, mas cinzento!

Não acho o argumento trapalhão, acho muito bem pensado até. Existem momentos que realmente me fizeram pensar. Apenas não deslumbra. Estas rábulas moralistas de como a vida é (embora a maneira como tenha sido feita neste filme seja praise worthy) acabam por ir todas parar ao mm sitio. Se o Cronenberg tivesse isto nas mãos iria mergulhar no lado mais humano/sentimental/emocional e não só no caminho da razão "it must be done. It's the right way".

[Sethlad]

Vi ontem à noite o Everybody's Fine com o Robert de Niro, o Sam Rockwell, a Drew Barrymore e a Kate Beckinsale.

É o tipico filme indie (apesar dos big names do elenco) americano. Um road movie de ritmo mto lentinho e manso, com musiquinha indie americana cheia de guitarra acustica, planos bonitos, metáforas simples e eficazes, etc etc etc. Youknowhattamean.

Tenho uma relação um pouco amor-ódio com estes filmes, alguns adoro, outros odeio.

Este, contra todas as expectativas, encaixa-se na primeira opção. A história é simples mas muito humana, muito real. Os personagens estão, na minha opinião, muito bem construidos (o melhor papel do de Niro em muito tempo) e os actores estão extremamente competentes.

É também um filme triste (apesar no invetavel final bem disposto made-in-usa), e com algumas mensagens difícieis de digerir.

No entanto, repito, a melhor qualidade do filme é que é muito "humano"... mostrando-nos como somos. Imperfeitos.

[Agnorise]

É lá fui ver a Alice ao cinema. É de perto o pior filme do Tim Burton, nem o facto de o ter visto em 3d escapou.
Na altura em que foi anunciado que o Tim Burton iria realizar a Alice no país das maravilhas, pensei: "Que bom, é mesmo a cara dele. sempre achei que alice no pais das maravilhas seria algo para o Tim Burton realizar". Depois, na altura que saiu o trailer, veio ao meu conhecimento que não se tratava da história original de Lewis Carrol ( de tanto que eu gosto), perdi logo a súbita vontade de o ver. Mas à dias, lá me convidaram para ir ao cinema e como estava ressacado de umas boas pipocas e sendo eu um cinéfilo, lá aceitei. Provou tudo o que tinha ouvido, uma tremenda desilusão, argumento péssimo, pouco requintado, faltou paixão e senti que aquilo não era o pais das maravilhas, mas sim, mais uma aventura gráfica cheia de clichés.
Mas enfim, valeu pela ida, pela companhia e pelos os nachos de queijo que preferi invés das pipocas.

[Karamazov [RIP 2012/07/27]]

O Hurt Locker a tirar categorias técnicas ao Avatar é ridículo. Admite-se que pudesse perder em todas as outras, mas nas técnicas...

Em termos de som, achei o trabalho do Hurt Locker sublime. Inclusive superior ao (excelente) trabalho do Avatar.

O hurt locker era o meu "favorito" para melhor filme e realização, mas não estou de acordo com o oscar ao argumento. O filme é excelente em muitas coisas (direcção, actores, edição, edição de som, etc) mas o argumento é, no máximo, "bom".

Seja como for, estou bastante contente já que foi mesmo um dos meus filmes favoritos de 2009.

Lá aluguei o The Hurt Locker através da ZON Box e embora cada vez ligue menos aos Óscares, acho que desta vez eles acertaram na mouche. O filme é bastante bom (especialmente a nível sonoro como enunciaste) e tirando alguns eventos mais ou menos previsíveis, acho que acaba tudo por se reunir num cocktail extremamente equilibrado. Approved!

Também fui ver o Alice, mas este já achei mais fraquito. Não sou grande conhecedor do Tim Burton, mas tinha ideia que os seus devaneios fantasiosos eram de um patamar acima do normal (algo que parece ser reunir um consenso geral), mas este filme achei um pouco chato, mais inclinado para a parte estética do que para história em si (pessoalmente não gostei muito desta versão da AnPdM feita pelo Tim). Whatever...