
Literatura
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Re: Literatura
Alguém daqui do Fórum já leu Émile Zola? Podiam-me recomendar qual o melhor livro para começar a ler do ciclo Les Rougon-Macquart sem ser o primeiro? É que ando a ler bastante sobre o impressionismo outra vez e se já antes ouvia falar quase constantemente de Zola, agora ainda mais visto que estou a ler o estudo de Cézanne que foi bastante amigo de Zola. Se alguém tiver alguma recomendação que me diga, agradecido. 

- Evil Priest
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Re: Literatura
pessoal uma ajudinha aqui por favor...não sei se é o sitio indicado mas cá vai, onde posso encontrar este livro?
Histoire des pensées sociologiques do Jean-Pierre Delas e do Bruno Milly, de 1997
já agora digam-me alguns nomes de boas livrarias do porto
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Re: Literatura
Captain Morgan Escreveu:pessoal uma ajudinha aqui por favor...não sei se é o sitio indicado mas cá vai, onde posso encontrar este livro?
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Rua do Bonjardim, Nº398.
Uma na Praça Carlos Alberto, cujo nome ou endereço exacto não me ocorre.
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Re: Literatura
bassbart Escreveu:Captain Morgan Escreveu:pessoal uma ajudinha aqui por favor...não sei se é o sitio indicado mas cá vai, onde posso encontrar este livro?
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obrigado

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Re: Literatura
Acabei de ler de madrugada o resto de "A sombra do Vento". Muito bom, diga-se de passagem.
Re: Literatura
Grimner Escreveu:...
Grimner nunca leste Émile Zola? Tu que és mais dado a literatura, uh... clássica? Algum conselho que possa ser útil?
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Re: Literatura
Compra qualquer um. Zola faz parte daqueles autores que fazem falta na estante de qualquer leitor 

Re: Literatura
Ok, thanks, sempre é melhor que nada.
Eu estava a pensar começar pelo L'Œuvre, que tem uma personagem (principal, creio eu) baseada no Cézanne, tendo um desenvolvimento bastante trágico, acabando por se suicidar, quando farto de se confrontar com os seus constantes falhanços na pintura e na vida.

Eu estava a pensar começar pelo L'Œuvre, que tem uma personagem (principal, creio eu) baseada no Cézanne, tendo um desenvolvimento bastante trágico, acabando por se suicidar, quando farto de se confrontar com os seus constantes falhanços na pintura e na vida.
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Re: Literatura
Nunca li nada dele, mas do que ouço falar do homem... comprar sem pestanejar qualquer um !
- Grimner
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Re: Literatura
Heraklyon Escreveu:Grimner Escreveu:...
Grimner nunca leste Émile Zola? Tu que és mais dado a literatura, uh... clássica? Algum conselho que possa ser útil?
Não te metas em cursos que exigem leituras intensas e constantes. Assim tens tempo de ler muito mais por prazer e dar sugestões de leitura.

PS: Pós Joyce, tenho dificuldade em ler ou mesmo escrever.
Eu já vi o raxx num papo seco
Hordes of Yore webpage
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Re: Literatura
Grimner Escreveu:Heraklyon Escreveu:Grimner Escreveu:...
Grimner nunca leste Émile Zola? Tu que és mais dado a literatura, uh... clássica? Algum conselho que possa ser útil?
Não te metas em cursos que exigem leituras intensas e constantes. Assim tens tempo de ler muito mais por prazer e dar sugestões de leitura.
PS: Pós Joyce, tenho dificuldade em ler ou mesmo escrever.
Acabaste o Ulysses?
Qual é o saldo?
- Ish Mael
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Re: Literatura
http://deoxy.org/pkd_how2build.htm <--- Leitura interessante, mas que para alguns não deve ser novidade.
Texto escrito em 1978 pelo Phillip K. Dick.
[Peter Griffin]
eheheh....Dick. [/Peter Griffin]
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- Grimner
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Re: Literatura
bassbart Escreveu:Grimner Escreveu:Heraklyon Escreveu:Grimner Escreveu:...
Grimner nunca leste Émile Zola? Tu que és mais dado a literatura, uh... clássica? Algum conselho que possa ser útil?
Não te metas em cursos que exigem leituras intensas e constantes. Assim tens tempo de ler muito mais por prazer e dar sugestões de leitura.
PS: Pós Joyce, tenho dificuldade em ler ou mesmo escrever.
Acabaste o Ulysses?
Qual é o saldo?
Muito positivo, mas é um livro dificil de analisar e descrever. Há definitivamente uma história ali, mas como me parece típico do Joyce, o ter história é quase efeito secundário. Há livro que se lêem pelo enredo, este não é um deles.
O livro conta uma história: neste caso, a história do dia 16 de Junho de 1904, vista pelos olhos de dois habitantes de Dublin, Stephen Dedalus (que no fundo é o próprio James Joyce, e todos os elementos que compoem o Stephen são tirados da vida do Joyce. Aliás, antes do Ulysses, ele escreveu outro livro "Portrait of an artist as a young man" que é basicamente a sua autobiografia com o nome Stephen), e aquele que se acaba por tornar quase que uma referência e figura paterna, o Leopold Bloom. O livro é, ao longo de 18 capitulos, as 24 horas desde que o Stephen Dedalus acorda até à madrugada do dia seguinte. Neste meio tempo, perdoem a expressão "acontecem coisas", e aliás vou gostar de reler o livro depois de ler a Odisseia do Homero, uma vez que em tudo aquilo que se passa no livro há uma correspondência com o épico grego. Só que tudo aquilo que na epopeia é grandioso, aqui é verdadeiramente banal. Em vez de Ulisses (que é o Leopold Bloom) a fugir a sereias, a lutar com Ciclopes ou a enfrentar feiticeiras, temos o Leopold Bloom a comprar um rim para fritar para o pequeno almoço, ou a levar um murro num bar, ou mesmo a mandar a cagada matinal (e sim, o livro dá-se a esses luxos gráficos), tudo isto com uma correlação mais ou menos directa à obra do Homero. No fundo, porém, a história é menos aquilo que acontece como aquilo que as personagens revelam de si mesmas enquanto as coisas acontecem. Tanto é uma história daquilo que acontece como do que já aconteceu, especialmente no caso do Stephen Dedalus, que tem uma tremenda tendência nostálgica.
O que me leva à "forma" do livro. Nenhum capítulo é escrito de forma exactamente igual, e alguns casos são mesmo completamente bizarros. Desde uma parte escrita numa peça de teatro, a outra em inglês arcaico, a outra sem pontuação nenhuma, o livro às vezes faz questão de ser bastante difícil de ler. Aliás, quem o ler e disser que percebeu tudo, todas as nuances, está nitidamente a armar-se. Acho que algumas coisas, nem o Joyce sabe lá muito bem, outras sabe, mas só fazem sentido na cabeça dele. Em cada instante do livro, o Joyce está, pelo menos, a fazer duas ou três coisas diferentes ao mesmo tempo, todo o livro são analogias dentro de analogias dentro de analogias. E muito do livro se passa na cabeça das pessoas, um dos artficios mais correntes do Joyce é intercalar narrativa com pensamento, saltando do ponto neutro do narrador para o ponto pessoal da mente do personagem. Numa mesma frase pode estar alguem a entrar numa igreja, a ser descrito na terceira pessoa, e de repente, sem mudar sequer de frase, incluir um pensamento do personagem, sem haver o cuidado de uma distinção entre as vozes.
É esse "stream of consciousness" que realmente conduz o livro, e o torna menos uma história do que e está a passar e mais uma história do que as personagens foram e são, e como chegaram àquele momento do dia 16 de Junho de 1904. Parece paradoxo, mas a única forma de ler um livro tão denso, acaba por ser não pensar muito. Como me disse um amigo, o Ulysses esta escrito como quem pensa. E se prestarem atenção à voz do vosso pensamento, muitas vezes ela é solta, desconjuntada, responde a estimulos, lembram-se do jantar da semana passada por olharem para um extintor de incêndio, e a mesma dinâmica está na narrativa do Ulysses, e é ela que nos dificulta a leitura e nos permite descobrir as personagens no intimo mais nu, simultâneamente. E é preciso uma grande, GRANDE mestria para escrever assim. Não sei se será o meu romance preferido do século XX... mas creio que posso afirmar sem exagero que é o mais bem escrito. Muitissimo recomendado, para quem tiver a "determinação" de às vezes andar a lutar com o texto.
Re: Literatura
Depois de ler o "A Portrait of The Artist as a Young Man" queria ler o Ulysses, mas não sei se compro a edição normal, ou aquelas edições com notas a explicar as analogias e o contexto em geral.
Estava a pensar em ler o livro normalmente. E depois, ler uma segunda vez com as explicações.
Estava a pensar em ler o livro normalmente. E depois, ler uma segunda vez com as explicações.
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