Literatura

[Ashtarte [RIP 2009/06/10]]

Politiquices e ideologias à parte, umas leituras que me surpreenderam nos últimos tempos (não se tratam de obras recentes, o autor já por cá não anda desde os finais de 30 do século passado):

António Gramsci - Maquiavel, Política e Estado Moderno; e ainda do mesmo autor os Cadernos do Cárcere.

Não são propriamente leituras de bolso, mas apresentam reflexões muitíssimo interessantes acerca do "mito" do Maquiavelismo (no 1º caso), da história da Itália e do nacionalismo, entre outros assuntos (no caso dos Cadernos). Um autor que certamente agradará a todos aqueles que têm apreço crítico pelo contributo de O Príncipe.

[Indigente]

...e ando tentado a ler algo da "beat generation".

Podes começar pelo "Pela Estrada Fora" (On The Road) do Jack Kerouac.

Obrigado pela sugestão, por acaso tive com ele no outro dia na mão mas deixei para outra altura.

[Old_Skull]

Politiquices e ideologias à parte, umas leituras que me surpreenderam nos últimos tempos (não se tratam de obras recentes, o autor já por cá não anda desde os finais de 30 do século passado):

António Gramsci - Maquiavel, Política e Estado Moderno; e ainda do mesmo autor os Cadernos do Cárcere.

Não são propriamente leituras de bolso, mas apresentam reflexões muitíssimo interessantes acerca do "mito" do Maquiavelismo (no 1º caso), da história da Itália e do nacionalismo, entre outros assuntos (no caso dos Cadernos). Um autor que certamente agradará a todos aqueles que têm apreço crítico pelo contributo de O Príncipe.

[Déjà loin]

Acabei de ler e reler "Memória de Elefante" do Lobo Antunes

Tinha começado a lê-lo há uns meses mas entretanto 'perdeu-se' no meio dos outros livros todos que estava a ler ao mesmo tempo (o velho vício...). Recomecei há uns dias .

[Last Light]

Alguém já leu a Eterna leveza de ser? Se sim, do que fala o livro e digam-me se é bom ou não

[Old_Skull]

Alguém já leu a Eterna leveza de ser? Se sim, do que fala o livro e digam-me se é bom ou não

Será a "Insustentável Leveza do Ser" do Kundera, M.?

[Last Light]

sim... esse mesmo. Que tal é o livro»

[Old_Skull]

sim... esse mesmo. Que tal é o livro»

Acima da média... mas nada de verdadeiramente extraordinário. Na minha humilde opinião claro. De qualquer modo é uma boa leitura!

[Last Light]

De que fala o livro?

[Old_Skull]

Pode dizer-se que é um romance histórico. Através de histórias individuais fornece um vislumbre histórico/político da conjuntura contextual, neste caso a Guerra Fria.

EDIT: Ainda assim aconselho de longe Camus, Sartre ou Dostoyevsky

[Last Light]

Hummm sei apenas que Sartre era um existencialista, quanto a Dostoyevsky só conheço o nome. Falando em existencialismo, tenho que comprar a "manhã submersa", do vergíglio

[phosphoros]

Politiquices e ideologias à parte, umas leituras que me surpreenderam nos últimos tempos (não se tratam de obras recentes, o autor já por cá não anda desde os finais de 30 do século passado):

António Gramsci - Maquiavel, Política e Estado Moderno; e ainda do mesmo autor os Cadernos do Cárcere.

Não são propriamente leituras de bolso, mas apresentam reflexões muitíssimo interessantes acerca do "mito" do Maquiavelismo (no 1º caso), da história da Itália e do nacionalismo, entre outros assuntos (no caso dos Cadernos). Um autor que certamente agradará a todos aqueles que têm apreço crítico pelo contributo de O Príncipe.

A que conclusão chega no primeiro título?

[Ashtarte [RIP 2009/06/10]]

A que conclusão chega no primeiro título?

Gramsci não é propriamente simples de sintetizar, até porque tem um léxico e uma terminologia político-filosóficas próprio, que, ao vulgarizar-se no tempo acabou por perder parte do sentido original...
No entanto, a ideia-chave que me ficou desta obra (ainda ando a digeri-la e as margens estão cheias de notas, exclamações e interrogações) é que, se O Princípe era personificável numa só figura que procurava "agradar" para dominar (o Rei Absolutista), os Modernos Princípes jamais serão objectiváveis numa única personificação, mas antes num partido, que inspira/influencia e é inspirado/influenciado pelas massas colectivas e organizadas de um país (o Socialismo).

Só que esta "diferença" não faz com que exista alguma oposição interpretativa de Maquiavel - aos olhos de Gramsci a organizaçao da vontade colectiva anunciada por Maquiavel mais não é do que a vontade da classe revolucionária moderna - só que se a vontade de Maquiavel era "divina", a de Gramsci é efectivada, objectiva, praticada pela expressão das massas na politização da sociedade civil.

Phosphoros, a obra é a p*ta da loucura e aconselho vivamente, a par dos Cadernos - há é que ir digerindo, de preferência ler e ir anotando para ajudar a digerir... Enfim, sou de Filosofia é certo, mas "odeio" sínteses e farto-me de "palrar"...(principalmente quando ainda não digeri e não cheguei bem ao cerne das coisas, enfim, uma tótó!)

EDIT: Ainda assim aconselho de longe Camus, Sartre ou Dostoyevsky

EDIT: isca-se, escrevi tanto para dizer sempre o mesmo...e nada! Já para nem falar que é com cada pleonasmo e redundância... Misturas a mais, é no que dão (como é que uns comprimidos tão pequeninos fazem tanto estrago?...)

[Grimner]

Pode dizer-se que é um romance histórico. Através de histórias individuais fornece um vislumbre histórico/político da conjuntura contextual, neste caso a Guerra Fria.

EDIT: Ainda assim aconselho de longe Camus, Sartre ou Dostoyevsky

Diria mais que é um romance "de época". O cenário de fundo é a ocupação soviética da ex Checoslováquia, a história é basicamente um triangulo amoroso. Vale menos pela estória que pela forma como ela é contada.


E acho que comparar este livro e Dostoyevsky é um pouco maçãs e laranjas.

[Old_Skull]

E acho que comparar este livro e Dostoyevsky é um pouco maçãs e laranjas.

Apenas porque o enquadramento filosófico roça o existencialismo. Se compará-lo a Dostoyevsky é um pouco maças e laranjas... compará-lo ao "As Mãos Sujas" do Sartre ou às "Cartas a um amigo Alemão" do Camus é de todo laranjas e cocos!